quinta-feira, 31 de maio de 2012

1º encontro - 02-06-2012

        Reflexão:      

   "Uma grande caminhada é feita passo a passo. Tende bom ânimo!!!!


PAUTA


A partir do vídeo, responda:
a) Quais são os tipos de castigos físicos apregoados aos negros ?
b) A que tipo de tratamento, além do físico, os negros eram expostos?
c) Quais os anseios dos negros ( caso isso seja uma afirmativa considerada)?



Baseado no slide:
a)    Aponte os elementos marcantes da cultura africana, a diferença dos lugares, a vestimentas das pessoas, as construções arquitetônicas, as paisagens geográficas naturais e culturais: a natureza e as cidades, os costumes, o clima, animais típicos.



Questões:
a)Qual a contribuição histórica dos negros na formação do Brasil?
b)Discorra sobre a exclusão, a contribuição do negro na arte brasileira, o preconceito como discriminação: moral, intelectual e estética.
c)Analise a citação abaixo e argumente sobre a criança negra nas escolas, e como a questão racial está presente no cotidiano.

É fundamental, para um desenvolvimento tranquilo, que a criança se sinta valorizada pelo seu corpo, seu intelecto e sua moral e é essa experiência de valorização da sua imagem que o preconceito racial tenta impedir na criança e no jovem negro”. (LOPES, 2006).

d)     Com base na citação abaixo responda:
1)Qual é a visão europeia em relação aos costumes, cultura e tradição negra?  Isso influencia o olhar humano?
2)Quais imagens são melhor apreciadas: as da Cultura Grega Antiga, ou as da Africana?
3)Como difundir a cultura africana e tratar da questão racial nas escolas?

Percebemos também, ainda que camuflados, o preconceito racial entre colegas e entre professores e alunos, através de valores morais explicitados nos olhares, gestos, apreciações e repreensões de condutas, aproximações e repulsas de afetos, legitimações e indiferenças em relação a atitudes, escolhas e preferências. Estes alunos negros e mestiços são submetidos dessa forma a uma violência simbólica em suas experiências escolares.
São questões pouco discutidas pelos professores nas escolas, geralmente. Essas questões são tratadas como se não existissem em nosso ambiente escolar. Silenciamos. Ou por não sabermos como tratá-las ou por sermos coniventes com a ideia de que o branco é realmente superior. Em geral, a escola tem dificuldade no trato com as diferenças, nossa mentalidade é ainda a mentalidade do colonizador.”


 4)      Slides: Introdução: O que os africanos que foram escravizados no Brasil trouxeram consigo?

Reflexões:
·         Analisar a contribuição histórica do povo africano na construção do Brasil.
·         Perceber se e como a história oral interfere na cultura africana e se ainda é difundida.
·         Compreender as africanidades e sua importância cultural de permanência no Brasil.


5)      Slides: Biografias1 ( imagens) - Biografias2
Leitura e análise das conquistas e contribuições sócio-culturais de cada uma das mulheres apresentadas.



Reflexões:
a)      O que a música quer transmitir?
b)      A mensagem da música refere-se às africanidades?
c)      Você já se deparou com algum vestígio da cultura africana?



Após a leitura da poesia , relembre as reflexões promovidas pelos slides “Biografias e responda:
a)    Qual o conteúdo da poesia?
b)    Quais as mudanças e permanências históricas nela contidas?
c)    A mulher negra ainda é vista como produto?

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REFLEXÕES DA EQUIPE






Segundo Sérgio Grigoletto (2008),  “Cultura é um conjunto de valores nos indivíduos de uma determinada sociedade, transmissíveis de forma não biológica”.
Apontar os fatos marcantes da cultura africana não é tão simples, uma vez que este país compreende muitos estados independentes, etnias diferentes, desta forma “culturas” muito diferentes também.
O continente africano abriga, atualmente, cerca de 930 milhões de habitantes. Desse total, grande parte se concentra na Nigéria, Egito, Etiópia, República Democrática do Congo e África do Sul, que são os países mais populosos.
A cultura africana tem rica tradição artística representada por uma variedade de entalhos em madeira, trabalhos em bronze e couro, esculturas, pinturas, cerâmica, máscaras cerimoniais e vestimentas religiosas. Esta cultura sempre deu ênfase na aparência das pessoas, e as joias, colares, braceletes e anéis permaneceram como um importante acessório pessoal, assim como as máscaras, que são feitas com desenhos elaborados e constituem parte importante da cultura africana, inclusive sendo usadas em uma variedade de cerimônias e rituais. As mulheres africanas usam vestimentas bem peculiares: panos ou cangas enroladas ao corpo como vestidos. São belos tecidos com padronagem e acabamento, conhecidos mundialmente.
           As religiões mais presentes no continente são: cristianismo 66,4% (reformistas católicos, metodistas, anglicanos, luteranos), hinduísmo 1,3%, islamismo 1,1%, judaísmo 0,2%, sem filiação 1,2%, outras 29,8%.
As línguas mais faladas no continente são: inglês, francês, árabe, português e as línguas africanas.
Na Geografia da África destaca-se, entre outros, o rio Nilo. O clima é mediterrâneo (chuvas na primavera e outono) no norte e sul e Equatorial (quente e úmido) no centro. Na região norte da África encontra-se o Deserto do Saara e seu relevo é também caracterizado por montes, vales, montanhas e depressões.
"Há uma tendência em falar da África como se todos que ali vivem tivessem os mesmos hábitos e tradições", diz Rafael Sânzio Araújo dos Anjos, coordenador do Centro de Cartografia Aplicada e Informação Geográfica da UnB. É fácil perceber que há várias culturas dentro da vastidão deste país.
O termo “berço da humanidade” é dado em razão da África abrigar uma das civilizações mais antigas e intrigantes do globo, os egípcios, que formaram um poderoso “império” há quatro mil anos. Portanto, toda essa riqueza cultural e natural que existente no continente, torna a África um espaço muito particular.
Segundo Josué Geraldo B. do Carmo, para alguns autores, não existe Brasil sem África.
Quando chegaram ao Brasil, os negros trouxeram consigo, não somente suas bagagens materiais, como utensílios e vestuários necessários para sobreviver, mas mais importante ainda, suas bagagens consideradas imateriais, às quais podemos entender principalmente como seu modo de viver na forma mais abrangente, suas histórias e as memórias de seus povos.
A socialização entre brasileiros e africanos permitiu um ambiente interativo e formativo, cuja influência africana é evidente na construção do Brasil.
Manifestações culturais do Brasil informam e dão destaque ao povo afrodescendente e têm marcado a luta contra a discriminação, como por exemplo,  a música “Que tempo bom”  que  traz uma homenagem aos que fizeram parte ou apreciaram o “Black Power”, muito bem representado pelo cabelo pixaim de Toni Tornado. A “onda” pegou tanto no Brasil que virou símbolo de modernidade não só para negros, uma vez que Jô Soares, Marcos Paulo, Roberto e Erasmo Carlos usavam. Podemos também citar a poesia “Mulata Exportação”, que expressa o combate às diversas formas de preconceitos e discriminação racial, abrangendo o assédio sexual e a desvalorização da mulher negra, quadro que vem sendo alterado a partir de leis, como a Lei Maria da Penha, que possibilitam a valorização da mulher, sua independência e proteção, bem como o poema Navio Negreiro, de Castro Alves que mostra negros submetidos às mais diversas formas de violência: a retirada de sua terra natal, as obrigações servis, o trabalho forçado, a anulação de sua identidade cultural, além da violência física e a segregação, o que os levava a preferir a morte a ver a conivência de outrem com tais situações.
 Para a cultura africana o conhecimento somente será válido quando vivenciado. Neste sentido torna-se fundamental considerar o importante papel que as gerações anteriores desempenham na formação da identidade deste povo: música, dança, culinária, objetos, vestuário, religião, toda esta complexidade cultural trazida pelos africanos colaborou para a formação da sociedade brasileira e assim promoveu a miscigenação de tais culturas.
Podemos, neste sentido, citar mulheres negras, como Elizeth Cardoso (cantora) e Laudelina de Melo (líder feminista e idealizadora da Associação Profissional Beneficente das Empregadas domésticas), entre outras que fizeram história, e que para o censo comum nasceram para desempenhar somente atividades referentes ao trabalho do lar. Ser mulher negra no Brasil representa ter um perfil histórico de lutas e conquistas. Estas mulheres criaram mecanismos para combater diferentes formas de violência e exclusão, conseguindo a garantia dos seus direitos manifestados nas políticas públicas.
Enfim, mesmo diante de lutas, manifestações e leis a favor de afrodescendentes, homossexuais, mulheres, podemos dizer que os preconceitos ainda estão presentes em nossa cultura e a escola faz parte desta conduta.
Acreditamos que a melhor forma de compreender e aceitar a diversidade, seja ela de qualquer natureza, concentra-se no cerne do conhecimento. Quando nos defrontamos culturalmente com as diferenças conseguimos percebemos semelhanças que obviamente nos aproximam.
Não basta dizer a uma criança que proferir uma palavra discriminando alguém está errado. Mais correto é instruí-la a perceber o quanto cada indivíduo agrega à cultura de seu povo, independente da sua natureza.
Cabe à escola, promover situações em que a diversidade seja estudada, conhecida e divulgada.  Só assim poderemos modificar uma sociedade que se veste de preconceito, mas camuflada segura a bandeira do combate à discriminação.


REFERÊNCIAS

AFRO & AFRICA. Traje africano. Disponível em: http://www.flogao.com.br/czeiger/125067896. Acesso em 03 jun. 2012.
BIOGRAFIAS. Vídeo. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=r0HAxTxuWy8&f
eature=youtu.be.Acesso em 02 jun. 2012.

CUNHA, Lázaro. Contribuição dos povos africanos para o conhecimento científico e tecnológico universal. Revista Raça Brasil.

FREITAS, Eduardo. Aspectos da população africana. Disponível em: http://www.brasilescola.com/geografia/holocausto-africano.htm. Acesso em 03 jun. 2012.
 
GENTILE, Paola. A África não é um país, e sim um continente.  Disponível em: http://revistaescola abril.com.br/geografia/pratica-pedagogica/africa-nao-pais-sim-comtinen
te- 511559.shtml . Acesso em 02 jun. 2012.

GRIGOLETTO, Sérgio. O que é cultura (2). Disponível em: http://www.clubeletras.net/blog/cultura/o-que-e-cultura-2/ Acesso em 02 jun. 2012.

RICHTER, Denis. África, a diversidade num continente. Disponível em: http://www.algosobre.com.br/geografia/africa-a-diversidade-num-continente.html. Acesso em 03 jun. 2012.


Vídeo: Continente Africano – Disponível em:  http://www.suapesquisa.com/geografia/continente_africano.htm. Acesso em 02 jun. 2012.












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