Reflexão:
"Uma grande caminhada é feita passo a passo. Tende bom ânimo!!!!
PAUTA
A partir do
vídeo, responda:
a) Quais são os tipos de castigos físicos
apregoados aos negros ?
b) A que tipo de tratamento, além do físico, os
negros eram expostos?
c) Quais os anseios dos negros ( caso isso seja uma
afirmativa considerada)?
Baseado no
slide:
a) Aponte os elementos marcantes da cultura
africana, a diferença dos lugares, a vestimentas das pessoas, as construções
arquitetônicas, as paisagens geográficas naturais e culturais: a natureza e as
cidades, os costumes, o clima, animais típicos.
Questões:
a)Qual a contribuição histórica dos negros na
formação do Brasil?
b)Discorra sobre a exclusão, a contribuição do
negro na arte brasileira, o preconceito como discriminação: moral, intelectual
e estética.
c)Analise
a citação abaixo e argumente sobre a criança negra nas escolas, e como a questão
racial está presente no cotidiano.
“É fundamental, para um desenvolvimento tranquilo,
que a criança se sinta valorizada pelo seu corpo, seu intelecto e sua moral e é
essa experiência de valorização da sua imagem que o preconceito racial tenta
impedir na criança e no jovem negro”. (LOPES, 2006).
d)
Com base na citação abaixo responda:
1)Qual é a
visão europeia em relação aos costumes, cultura e tradição negra? Isso influencia o olhar humano?
2)Quais
imagens são melhor apreciadas: as da Cultura Grega Antiga, ou as da Africana?
3)Como
difundir a cultura africana e tratar da questão racial nas escolas?
“Percebemos
também, ainda que camuflados, o preconceito racial entre colegas e entre
professores e alunos, através de valores morais explicitados nos olhares,
gestos, apreciações e repreensões de condutas, aproximações e repulsas de
afetos, legitimações e indiferenças em relação a atitudes, escolhas e
preferências. Estes alunos negros e mestiços são submetidos dessa forma a uma
violência simbólica em suas experiências escolares.
São questões
pouco discutidas pelos professores nas escolas, geralmente. Essas questões são
tratadas como se não existissem em nosso ambiente escolar. Silenciamos. Ou por
não sabermos como tratá-las ou por sermos coniventes com a ideia de que o
branco é realmente superior. Em geral, a escola tem dificuldade no trato com as
diferenças, nossa mentalidade é ainda a mentalidade do colonizador.”
Reflexões:
·
Analisar a contribuição histórica do povo
africano na construção do Brasil.
·
Perceber se e como a história oral interfere na
cultura africana e se ainda é difundida.
·
Compreender as africanidades e sua importância
cultural de permanência no Brasil.
Leitura e
análise das conquistas e contribuições sócio-culturais de cada uma das mulheres
apresentadas.
Reflexões:
a)
O que a música quer transmitir?
b)
A mensagem da música refere-se às africanidades?
c)
Você já se deparou com algum vestígio da cultura
africana?
Após a leitura da poesia , relembre as reflexões promovidas pelos slides “Biografias” e responda:
a) Qual o conteúdo da poesia?
b) Quais as mudanças e permanências históricas nela contidas?
c) A mulher negra ainda é vista como produto?
____________________________________________________________
REFLEXÕES DA EQUIPE
FIGURA: mapa da África ilustrado
Segundo Sérgio Grigoletto (2008), “Cultura é um conjunto de valores nos
indivíduos de uma determinada sociedade, transmissíveis de forma não
biológica”.
Apontar os fatos marcantes da cultura africana não é tão simples, uma
vez que este país compreende muitos estados independentes, etnias diferentes,
desta forma “culturas” muito diferentes também.
O continente africano abriga, atualmente, cerca de 930 milhões de
habitantes. Desse total, grande parte se concentra na Nigéria, Egito, Etiópia,
República Democrática do Congo e África do Sul, que são os países mais
populosos.
A cultura
africana tem rica tradição artística representada por uma variedade de entalhos
em madeira, trabalhos em bronze e couro, esculturas, pinturas, cerâmica,
máscaras cerimoniais e vestimentas religiosas. Esta cultura sempre deu ênfase na
aparência das pessoas, e as joias, colares, braceletes e anéis permaneceram
como um importante acessório pessoal, assim como as máscaras, que são feitas
com desenhos elaborados e constituem parte importante da cultura africana,
inclusive sendo usadas em uma variedade de cerimônias e rituais. As mulheres
africanas usam vestimentas bem peculiares: panos ou cangas enroladas ao corpo
como vestidos. São belos tecidos com padronagem e acabamento, conhecidos
mundialmente.
As religiões mais presentes no continente são: cristianismo 66,4% (reformistas católicos, metodistas, anglicanos, luteranos), hinduísmo 1,3%, islamismo 1,1%, judaísmo 0,2%, sem filiação 1,2%, outras 29,8%.
As religiões mais presentes no continente são: cristianismo 66,4% (reformistas católicos, metodistas, anglicanos, luteranos), hinduísmo 1,3%, islamismo 1,1%, judaísmo 0,2%, sem filiação 1,2%, outras 29,8%.
As línguas mais faladas no continente são: inglês, francês, árabe,
português e as línguas africanas.
Na Geografia da África destaca-se, entre
outros, o rio Nilo. O clima é mediterrâneo (chuvas na primavera
e outono) no norte e sul e Equatorial (quente e úmido) no centro. Na região
norte da África encontra-se o Deserto do Saara e seu relevo é também
caracterizado por montes, vales, montanhas e depressões.
"Há uma
tendência em falar da África como se todos que ali vivem tivessem os mesmos
hábitos e tradições", diz Rafael Sânzio Araújo dos Anjos, coordenador do
Centro de Cartografia Aplicada e Informação Geográfica da UnB. É fácil perceber
que há várias culturas dentro da vastidão deste país.
O termo “berço
da humanidade” é dado em razão da África abrigar uma das civilizações mais
antigas e intrigantes do globo, os egípcios, que formaram um poderoso
“império” há quatro mil anos. Portanto, toda essa riqueza cultural e natural
que existente no continente, torna a África um espaço muito particular.
Segundo Josué
Geraldo B. do Carmo, para alguns autores, não existe Brasil sem África.
Quando chegaram
ao Brasil, os negros trouxeram consigo, não somente suas bagagens materiais,
como utensílios e vestuários necessários para sobreviver, mas mais importante
ainda, suas bagagens consideradas imateriais, às quais podemos entender
principalmente como seu modo de viver na forma mais abrangente, suas histórias
e as memórias de seus povos.
A socialização
entre brasileiros e africanos permitiu um ambiente interativo e formativo, cuja
influência africana é evidente na construção do Brasil.
Manifestações
culturais do Brasil informam e dão destaque ao povo afrodescendente e têm
marcado a luta contra a discriminação, como por exemplo, a música “Que tempo bom” que
traz uma homenagem aos que fizeram parte ou apreciaram o “Black Power”,
muito bem representado pelo cabelo pixaim de Toni Tornado. A “onda” pegou tanto
no Brasil que virou símbolo de modernidade não só para negros, uma vez que Jô
Soares, Marcos Paulo, Roberto e Erasmo Carlos usavam. Podemos também citar a
poesia “Mulata Exportação”, que expressa o combate às diversas formas de preconceitos
e discriminação racial, abrangendo o assédio sexual e a desvalorização da
mulher negra, quadro que vem sendo alterado a partir de leis, como a Lei Maria
da Penha, que possibilitam a valorização da mulher, sua independência e
proteção, bem como o poema Navio Negreiro, de Castro Alves que mostra negros
submetidos às mais diversas formas de violência: a retirada de sua terra natal,
as obrigações servis, o trabalho forçado, a anulação de sua identidade
cultural, além da violência física e a segregação, o que os levava a preferir a
morte a ver a conivência de outrem com tais situações.
Para a cultura africana o conhecimento somente
será válido quando vivenciado. Neste sentido torna-se fundamental considerar o
importante papel que as gerações anteriores desempenham na formação da
identidade deste povo: música, dança, culinária, objetos, vestuário, religião,
toda esta complexidade cultural trazida pelos africanos colaborou para a
formação da sociedade brasileira e assim promoveu a miscigenação de tais
culturas.
Podemos, neste
sentido, citar mulheres negras, como Elizeth Cardoso (cantora) e Laudelina de
Melo (líder feminista e idealizadora da Associação Profissional Beneficente das
Empregadas domésticas), entre outras que fizeram história, e que para o censo
comum nasceram para desempenhar somente atividades referentes ao trabalho do
lar. Ser mulher negra no Brasil representa ter um perfil histórico de lutas e
conquistas. Estas mulheres criaram mecanismos para combater diferentes formas
de violência e exclusão, conseguindo a garantia dos seus direitos manifestados
nas políticas públicas.
Enfim,
mesmo diante de lutas, manifestações e leis a favor de afrodescendentes,
homossexuais, mulheres, podemos dizer que os preconceitos ainda estão presentes
em nossa cultura e a escola faz parte desta conduta.
Acreditamos
que a melhor forma de compreender e aceitar a diversidade, seja ela de qualquer
natureza, concentra-se no cerne do conhecimento. Quando nos defrontamos
culturalmente com as diferenças conseguimos percebemos semelhanças que
obviamente nos aproximam.
Não
basta dizer a uma criança que proferir uma palavra discriminando alguém está
errado. Mais correto é instruí-la a perceber o quanto cada indivíduo agrega à
cultura de seu povo, independente da sua natureza.
Cabe
à escola, promover situações em que a diversidade seja estudada, conhecida e
divulgada. Só assim poderemos modificar
uma sociedade que se veste de preconceito, mas camuflada segura a bandeira do
combate à discriminação.
REFERÊNCIAS
AFRO & AFRICA. Traje
africano. Disponível em: http://www.flogao.com.br/czeiger/125067896. Acesso
em 03 jun. 2012.
BIOGRAFIAS.
Vídeo. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=r0HAxTxuWy8&f
eature=youtu.be.Acesso em 02 jun. 2012.
CUNHA, Lázaro. Contribuição dos povos africanos para o conhecimento científico e tecnológico universal. Revista Raça Brasil.
FREITAS, Eduardo. Aspectos da população africana. Disponível em: http://www.brasilescola.com/geografia/holocausto-africano.htm. Acesso em 03 jun. 2012.
GENTILE, Paola. A África não é um país, e sim um continente. Disponível em: http://revistaescola
abril.com.br/geografia/pratica-pedagogica/africa-nao-pais-sim-comtinen
te- 511559.shtml
. Acesso em 02 jun. 2012.
GRIGOLETTO,
Sérgio. O que é cultura (2). Disponível em: http://www.clubeletras.net/blog/cultura/o-que-e-cultura-2/ Acesso em
02 jun. 2012.
RICHTER, Denis. África, a diversidade num continente. Disponível em: http://www.algosobre.com.br/geografia/africa-a-diversidade-num-continente.html. Acesso em 03 jun. 2012.
Vídeo: Continente
Africano – Disponível em: http://www.suapesquisa.com/geografia/continente_africano.htm. Acesso em 02 jun. 2012.
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